A pesquisa no espaço escolar como possibilidade de formação de professores das séries iniciais para o ensino de matemática
Amanda Marina Andrade Medeiros – FE/UnB amamedeiros@gmail.com
Dr. Cristiano Alberto Muniz – FE/UnB cristianoamuniz@terra.com.br
Uma pergunta vem atormentando muitos professores: qual é o atual papel do professor das séries iniciais no ensino de matemática? Há séculos a imagem do professor é a do detentor do conhecimento que os alunos almejam ter. Será então papel do professor transmitir tais conhecimentos para seus alunos para que estes incorporem o tão sonhado conhecimento? Nesse sentido Paulo Freire (1987) expõe sobre a visão bancária de educação, onde “o saber é uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber” (p. 33). Essas práticas em que, de acordo com Freire (1987), o educador é o sujeito que conduz os educandos à memorização mecânica dos conteúdos narrados, devem ser extintas, pois essa narração os transforma em vasilhas que devem ser enchidas pelo educador. A escola estabelecida na atual conjuntura não mais necessita desse tradicional professor de matemática. O professor detentor e transmissor de conhecimento deve ser substituído pelo verdadeiro educador, aquele que deixa a criança pensar, construir seu próprio conhecimento. Nesse contexto o transmissor sede lugar ao mediador, mediador do conhecimento matemático do aluno. Diversas pesquisas na área de educação e psicologia cognitiva têm mostrado que a criança não é uma tábula rasa onde se depositam conceitos e conteúdos. As pesquisas mostram que a criança, como sujeito epistêmico, tem participação ativa em seu processo de aprendizagem. Apesar dos avanços das pesquisas no campo do ensino e aprendizagem da matemática, muitos professores ainda têm idéias inadequadas sobre o ensino da matéria. Muitos estão exercendo práticas que aprenderam há dez, vinte anos, quando ainda estavam em processo de formação inicial para a docência. Os estudos