A perspectiva do homem acerca do aborto provocado
Apesar de o aborto ser um tema muito debatido nas ultimas décadas, não existem muitas pesquisas com relação à opinião dos homens e mulheres sobre essa temática.
Smigay (1993) Apud Duarte et at (2002) aponta que segundo varias pesquisas realizada nos Estados Unidos da America, assinala que os homens são mais permissivos do que as mulheres em relação a interromper a gravidez; entretanto homens e mulheres são favoráveis quando o aborto pode causar risco a saúde física e mental da gestante. Contudo, as pesquisas levantaram um fator relevante para essa temática, a religiosidade, mas não como referência nominal, e sim como uma educação cristã, isso diminui a tolerância ao tema.
Duarte et al (2002) realizou uma pesquisa com homens que viviam em uma união legal ou consensual, dos entrevistados, 53% concordaram que a interrupção da gestação é um direito da mulher, e algumas diferenças significativas foram verificadas na proporção de homens que eram favoráveis a interrupção da gravidez, foram elas a escolaridade de ambos que chegou ao terceiro grau com renda familiar acima de 20 salários mínimos, e participavam ativamente nas tarefas relacionadas ao cuidado com os filhos. Segundo as autoras, as circunstancias que houve maior proporção de respostas favoráveis foram: gravidez implicar risco de vida para gestante (84,8%); ser resultado de violência sexual (80,3%); feto apresentar algum problema ou defeito grave (74,5%); mulher não ter condições psicológicas/emocionais para ter o filho (36,6%); ou não desejar o bebê (36%). Apenas 2,8% responderam que a interrupção da gravidez não deveria ser permitida em nenhuma circunstância; a mesma porcentagem respondeu que a interrupção deveria ser permitida em qualquer circunstância. Duarte (2002) ainda diz que “Os homens entrevistados foram mais favoráveis ao aborto justamente nas situações já previstas pelo atual Código Penal, ou seja, risco de vida da gestante e gravidez resultante de