a perda da processualidade nas analises da nova questao social
Este trabalho tem como objetivo mostrar de maneira sintetizada a discussão feita no livro “A categoria ‘questão social’ em debate, da mestre e doutora Alejandra Pastorini. Ela nasceu em Montevidéu e dedicou-se ao estudo sobre as “questões sociais” e políticas sociais através de suas pesquisas. Pastorini se graduou como Assistente Social na Universidade de La República, em 1991, e é autora de diversos artigos sobre políticas sociais e seguridade social e coordenadora de projetos ligados à assistência social no Brasil e à políticas sociais na América Latina.
O tema central do livro é a análise da “questão social”, passando por uma breve história sobre suas origens e citando alguns autores importantes sobre o assunto. Além disso, é lançado também o questionamento sobre a chamada “nova questão social”, as vezes defendida por alguns autores e criticada pela própria autora.
A “questão social”, segundo Pastorini, sofreu alterações, porém manteve sua essência, e é essa discussão, entre o antigo e o novo que ela relata de forma simples e objetiva em sua obra.
Este trabalho está organizado de maneira que acompanhe a linha cronológica traçada por Pastorini, seguindo sua linha de pensamento para melhor entendimento da “questão social” como objeto de estudo.
2. AS MUDANÇAS NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA E A “QUESTÃO SOCIAL”
Em meados dos anos 70, com as novidades de uma sociedade capitalista, surgem novas necessidades e novas formas de pobreza e, com isso a “nova questão social”.
Segundo Rosanvallon (1995) e Castel (1998), a nova questão social se fez necessária porque a atual conjuntura mundial não remetia mais a anterior, indicando a presença de uma ruptura.
O economista norte-americano Jeremy Rifkin é uma referência no debate acadêmico e empresarial. Ele entende que a humanidade enfrenta uma crise de desemprego, consequência da revolução tecnológica e da era da informatização.
Com a automatização dos setores tradicionais (agricultura, manufatura e