A pele e os anexos na Menopausa
A pele e os anexos na menopausa
Menopause
and
skin
Eduardo Blanco Cardoso
Pós-graduando de Ginecologia, Clínica Ginecológica, IHC, FMUSP.
Unitermos: menopausa e pele, envelhecimento da pele, estrógenos, tratamento cosmético.
Unterms: menopause and skin, skin ageing, estrogens, cosmetic treatment.
Numeração
de
páginas
na
revista
impressa:
92
à
96
Resumo
Uma pele envelhecida e malpreservada pode não encurtar a vida, mas certamente afeta a qualidade desta vida. O impacto psicológico do estado da pele é enorme, dado que é o principal órgão de comunicação não oral. Os efeitos do envelhecimento e da menopausa sobre a pele definem este órgão como um marcador biológico, bem caracterizado no estudo da pele em senescência. A pele é incontestavelmente um importante órgão-alvo dos esteróides sexuais. Estrógenos tópicos e por via oral podem preservar a espessura da pele e aumentar o conteúdo de colágeno e glicosaminoglicanos. Pode-se concluir que é necessário resgatar na menopausa o conceito de tratamento cosmético, o qual, além de destacar o glamour pessoal, demonstra um estilo de vida saudável e, em longo prazo, exprimem uma atitude positiva da mulher com a sua própria imagem, que lhe proporciona uma melhor qualidade de vida. A pele é um dos órgãos mais complexos da economia, não só por suas várias camadas constituídas de múltiplos tipos celulares (só na epiderme se reconhecem quatro), como também pelos fâneros e glândulas.
Todos
esses tecidos sofrem mudanças regressivas com a idade. O escasso interesse despertado pelo estudo das alterações da pele com a idade se deve, em primeiro lugar, a associação entre o envelhecimento e o aparecimento de doenças degenerativas, p. ex.: câncer e doenças cardiovasculares responsáveis pela maioria das mortes em mulheres acima dos 50 anos. Em segundo lugar, porque ninguém morre por apresentar envelhecimento da pele. Como causa da mortalidade se