A pele do Lobo
A pele do lobo, de Artur Azevedo, foi uma de suas primeiras peças de teatro. Com um humor dramático, o autor fala sobre os funcionários públicos de sua época. A preocupação com a escala social, o tempo, os problemas da vida cotidiana são todos assuntos abordados por ele. Pesquisando sobre a época, a política, a vida do autor e as características do período literário é possível compreender melhor as intenções de Artur Azevedo para com sua obra.
Artur Azevedo: Fundador da academia Brasileira de Letras
Artur Azevedo (A. Nabantino Gonçalves de A.), jornalista e teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1908. Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira nº 29, que tem como patrono Martins Pena.
Foram seus pais David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães, corajosa mulher que, separada de um comerciante com quem casara a contragosto, já vivia maritalmente com o funcionário consular português à época do nascimento dos filhos: três meninos e duas meninas. Casaram-se posteriormente, após a morte na Corte, de febre amarela, do primeiro marido. Aos oito anos Artur já demonstrava pendor para o teatro, brincando com adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo, e pouco depois passou a escrever as peças que representava. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Depois foi empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançava as primeiras comédias nos teatros de São Luís. Aos quinze anos escreveu a peça Amor por anexins, que teve grande êxito, com mais de mil representações no século passado. Ao incompatibilizar-se com a administração provincial, concorreu a um concurso aberto, em São Luís, para o preenchimento de vagas de