A passagem da era clássica para a era Helenística
O texto “A passagem da era Clássica para a era Helenística”, do autor Giovanni Reale, aborda a transição da era clássica para uma nova era, iniciada a partir da concretização dos ideais de Alexandre Magno, que buscava disseminar e difundir a cultura grega, por todas as regiões conquistadas por ele. Alexandre criou um evento significativo que foi capaz de transformar as antigas convicções do mundo grego, dando lugar a um novo período conhecido como helenístico, o qual representou o marco entre o domínio da cultura grega e o advento da civilização romana. A fim de realizar o seu grandioso projeto de monarquia universal divina, que deveria reunir não só cidades, mas países e raças diversas, Alexandre destruiu a Polis, que deixou de representar a forma ideal do estado perfeito, desmistificando valores fundamentais da Grécia.
A partir do paralelo feito no texto sobre as mudanças que ocorreram em função da perda da vida moral que era fornecida pela polis, se torna fácil de compreender a ruína espiritual que a revolução de Alexandre provocou, já que o homem deixa de ser cidadão, para tornar-se súdito, nenhuma das decisões relativas à coisa pública são tomadas sem a sua contribuição. E a vida dos novos estados desenvolve-se independentemente do seu querer; caem às razões das suas antigas paixões, as habilidades resumem-se a um saber e uma técnica que não podem ser possuídos por todos. Em todo o caso, elas perdem o conteúdo ético para adquirirem um conteúdo mais propriamente profissional. Em 146 a.C, a Grécia perderá toda a sua liberdade, tornando-se província romana, e o ideal aspirado por Alexandre, em forma muito mais elevada, será realizado pelos romanos com o seu império, assim o pensamento grego refugia-se no ideal do cosmopolitismo, considerando o mundo inteiro uma cidade, obrigando o homem a buscar uma nova identidade, assim pela força dos acontecimentos, o homem fechou-se em si mesmo, a