A palavra do aedo
Antes de se formar a verdade filosófica se teve a verdade poética, foi a partir desta ou contra esta que se formulou o pensamento filosófico grego. Essas duas verdades se contrapõem, a filósofica sai do plano dos acontecimentos e vai para o plano das idéias universais , já a verdade poética ‘’nos envia aos acontecimentos origianis, aos gestos dos deuses e dos heróis, ao tempo mítico do começos’’(Garzia-roza,2005,pg21). Elas se diferem também no quis diz respeito aos seus porta-vozes, a pretenção é que o discurso filosófico tenha autonomia em relação ao enunciador, para isso o filosófo dar lugar ao enunciado, o poeta por outra lado ‘’apresenta-se como o inspirado como portador de um dom divino que o torna um indíviduo excepcional. Este é o caso do aedo da Grécia arcaia’’pg21-22, eles seriam os porta-vozes dos deuses.
Os poetas não inventavam histórias, sua palavra era uma epifania* , o passado a que ele se referia nao era o passado cronológico e nem lietralmente um passado, mas uma outra dimensão do Cosmo que o aedo* visitava. A memória era dada ao poeta pela Deusa Mnemosyne* para que ele visitar o tempo dos deuses e voltar ao mundo dos mortais para contar a coletividade sobre a ‘’realidade primordial’’pg23. Porém essa deusa também é responsável pelo esquecimento ( Lethe*) do tempo presente, e é graças a esse esquecimento da sua vida humama que o poeta tem acesso ao mundo dos deuses.
O canto dos poetas servia para contranger a fúrias dos deuses e homens, e estes tornavam-se amolecidos. O aedo não servia ao deuses nem aos homens, como G.dumezil afirmou era um ‘’funcionário da soberania’’pg.24. O poeta da Grécia arcaica não cantavam somente relatos de gênese e sim ‘’mitos de soberania’’pg.24. Com toda certeza apresentavam a gênese do mundo e dos deuses, porém a concepção de Cosmo era feita a partir de confrotos dos deuses. Sendo assim, o mundo se controi a partir da intervenção dos deuses e nao pelo mito. O poeta também cantava para