A origem dos deuses gregos
Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Hoje em dia, para nós tudo não passa de mitos, mas os gregos antigos acreditavam muito nessas divindades e achavam que elas habitavam um palácio no topo do Monte Olimpo, a mais alta montanha da Grécia, que chega a ultrapassar as nuvens. Localiza-se próximo do mar Egeu, na Tessália. Lá de cima, os deuses decidiam a vida dos humanos e se deliciavam com a ambrósia e o néctar, o alimento e bebida que lhes possibilitava a imortalidade. Mas apesar de serem imortais, os deuses possuíam características e comportamentos semelhantes aos seres humanos: raiva, tristeza, alegria, medo, paixão, ciúme etc. Inclusive, muitas vezes, eles se apaixonavam por seres humanos comuns e desciam de sua morada divina para se relacionarem com eles, o que acabava dando origem a filhos semideuses ou heróis, como Hércules, Teseu e Perseu.
Tudo se inicia com o Caos: a escuridão total, o completo vazio, o nada. Dele, surge Gaia (a Terra), e outros seres divinos primordiais: Tártaro (as trevas abismais), Eros (o amor), Érebo (a escuridão) e sua irmã Nix (a noite). Érebo desposou Nix, gerando Éter (a luz) e Hemera (o dia).
Sem intermédio masculino, Gaia deu à luz Urano (o céu) que então a fertilizou. Urano fazia seguidos filhos em Gaia, mas como nunca se afastava dela, seus descendentes, entre eles os titãs, permaneciam presos no ventre da mãe. Insatisfeita com a situação, Gaia incentivou um de seus filhos, o titã chamado Cronos, a decepar os órgãos genitais de Urano, fazendo com que este se separasse dela e os outros filhos pudessem nascer. Cronos assim fez e então nasceram os outros titãs, que eram: Oceano (os mares e rios), Hipérion (a representação original do sol, possuía as características que seriam mais tarde atribuídas a Hélios e depois a Apolo), Céos, Crio, Jápeto, Téia, Réia, Têmis, Mnemosine, Febe e Tétis.
Hipérion se uniu com Téia, que então gerou Selene (a Lua),