a origem do zero
A invenção ou criação deste símbolo pode ser atribuída a vários povos, pois todos eles em determinada altura perceberam a necessidade de se criar algo que representasse o nada, o vazio.
No século III a.C., na Mesopotâmia, os babilônicos criaram o primeiro zero conhecido da história mas só era usado em posições numéricas intermediárias.
A palavra zero é atribuída a muitas culturas antigas mas o mais provável é ser uma versão distorcida da pronúncia ortográfica da palavra “sunya”, em sânscrito – uma das línguas indianas.
A sua tradução para a língua árabe alterou-a para “sifr”. A invasão muçulmana levou a palavra para a Europa medieval, mas a enorme influência da Igreja Católica fez com que passasse a ser pronunciada “zephirum”, em latim. Com o passar dos tempos foi sofrendo alterações das diferentes culturas, passando a “zeuero”, “zepiro” e “cifre”, de onde derivaram as actuais palavras “zero” e “cifra”.
Mais demorada foi a incorporação da sua representação gráfica no sistema decimal hindu-arábico. A definição do símbolo gráfico para o zero foi de enorme importância. Passava assim a ser possível posicionar-se com precisão os dígitos para se formar qualquer número que se pretendesse, quer no sistema numérico decimal bem como no ábaco, que representava o zero como sendo uma casa vazia.
Ábaco
A representação do zero como uma casa vazia foi provavelmente o maior avanço no sistema de numeração decimal. O zero evoluiu de um vácuo para um espaço em branco para finalmente ser transformado num símbolo numérico usado pelos hindus e pelos árabes antigos.
Por volta de 1600 deu-se uma outra alteração importante em relação ao zero. A sua representação gráfica deixou de ser uma circunferência pequena e completamente circular e passou para o actual formato ovalizado, permitindo assim a sua diferenciação da letra “o” (minúscula ou maiúscula).
Hoje em dia o zero tem uma importância cada vez maior, ao ser amplamente utilizado em informática e em