A Origem do Universo, segundo Jocax
João Carlos Holland de Barcellos, Outubro/2005
O problema da origem do Universo é antigo, talvez mesmo o mais antigo problema filosófico com o qual o homem já se deparou.
Se definirmos o universo como o conjunto de tudo o que existe e se supusermos que os elementos físicos nele contidos seguem regras ou leis –tais quais as leis que a Física supõe que exista- podemos concluir, como veremos, que as teorias até agora propostas não são totalmente satisfatórias. Para suprir essa deficiência estou propondo uma nova hipótese que, embora não seja testável, e, portanto, não científica, é uma teoria filosófica legitima, pois satisfaz a “navalha de ocam”, é auto-consistente e não contraria os fatos observados.
Critérios de Avaliação
Antes de adentrarmos na análise destas quero propor alguns critérios que as soluções propostas deveriam satisfazer. As teorias consideradas boas devem satisfazer, tanto quanto possível, os seguintes quesitos:
1- Não ser inconsistente.
2- Não ser inconsistente com a realidade observável.
3- Ser preferida em termos da “Navalha de Ocam” em relação às teorias concorrentes.
4- Ser capaz de explicar o universo observável.
Podemos classificar as teorias sobre a origem do universo em dois grandes grupos:
As teorias religiosas e as teorias naturais.
1-As Teorias Religiosas
As soluções para a origem do universo de base religiosa invocam uma entidade metafísica chamada “Deus”. Deus seria uma espécie de “Grande Fantasma” que, com seu poder e sabedoria infinita, criaram o Universo.
As teorias religiosas, apesar de serem amplamente aceitas pela maioria da população, não passam pela maioria dos critérios de avaliação acima.
- Falha do Critério 1: A teoria do “Grande Fantasma” não é logicamente consistente já que, pela própria definição de Universo, se Deus existisse, também deveria fazer parte do Universo, uma vez que o Universo é definido como o conjunto de tudo o que existe. Assim,