A origem do hinduismo
A origem do Hinduísmo data de aproximadamente 1500 a.c, com o declínio da antiga civilização do vale do Indo. Essa poderosa civilização pré-vêdica influenciou fortemente a estrutura do Hinduísmo que conhecemos hoje e mesclada com as tradições dos nômades invasores que entraram na Índia pelos Himalayas, os áryas, formou-se a tradição que conhecemos hoje.
De início restringiu-se aos estudos do Vêdas, textos sagrados hindus, e era chamado de Vêdismo. Com o advento das castas, passou a ser professado apenas e oficialmente pelos Brahmanês e passou a ser chamado de Brahmanismo ou Brahmanismo vêdico. Até que o nome Hinduísmo foi incorporado e não saiu mais.
Hinduísmo é um termo que designa o conjunto de movimentos culturais surgidos e aceitos na Índia a partir de, aproximadamente, 1.500 a.C.
Ele não pode ser considerado uma religião[1], como às vezes pensa-se no Ocidente. Trata-se antes de um conjunto de instituições, preceitos éticos, jurídicos, históricos, filosóficos, artísticos e que, consistindo de tradições ora na forma de crônicas, epopéias e lendas, ora na forma de tradições orais, ainda pode revelar princípios antagônicos.
O hinduísmo, em síntese, tem duas fases: Shruti, a mais antiga, e Smriti, posterior. Shruti significa aquilo que é ouvido. Consiste na transmissão oral (parampará) de Mestre a discípulo, ou ainda, à revelação, significando uma classe de conhecimento aprendido por via direta, de dentro de si mesmo. O Shruti é considerado a autoridade máxima que, posteriormente, foi compilado em livros denominados Vêdas, escritos a partir de 1.500 a.C.
Existem quatro Vêdas: Rig Vêda, Yajur Vêda, Sama Vêda e Atharva Vêda. Cada um deles se compõe de: Karma Kanda (rituais); Upasana Kanda (meditação); e Jñána Kanda (autoconhecimento); os quais se subdividem em: Mantras, Aranyakas, Brahmanas e Upanishads. Esta última divisão, Upanishads, é a parte mais famosa do Shruti. Ela foi escrita aproximadamente em 400 a.C. e consiste nos