A origem do conhecimento - Resumo
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A origem do conhecimento Para Aristóteles a questão é bem simples, e começa dizendo: “Os homens sentem por natureza o afã de conhecer”. Conhecer é não contentar-se com as coisas conforme nos são apresentadas, mas buscar o verdadeiro significado por trás de seu “ser”. Que não se é evidente nelas, mas pulsa oculto por baixo delas, “além” delas. A Aristóteles lhe parece natural perguntar pelo “além”, quando o natural seria, nos contentar com as coisas que rodeia nossas vidas. São nos dadas puramente as coisas, não seu ser. Dizer-se que o homem sente nativamente curiosidade. É o que pensa Aristóteles quando a pergunta “por que o homem se esforça em conhecer” responde: “Porque lhe é natural”. “Sinal – prossegue- de que lhe é natural este afã por perceber”, sobre tudo por olhar. Mas olhar é contrário de conhecer: olhar é percorrer com os olhos o que está aí, e conhecer é buscar o que não está aí: o ser das coisas. É um não contentar-se com o que se pode ver. Aristóteles, com esta indicação nos dá ideia sobre a origem do conhecimento. De acordo com ele, consistira este, simplesmente no uso ou exercício de uma faculdade que o homem possui. Temos sentidos, temos memória, temos experiência em que essa memória se seleciona e decanta. Mas nada disso é conhecimento. Nem se acrescentarmos as “faculdades” intelectuais, abstrair, comparar, colegir. A Inteligência é um mecanismo com que o homem se encontra dotado, e que serve para conhecer. Mas o próprio conhecer não é uma faculdade, dote ou mecanismo; é, pelo contrário, uma tarefa que o homem se impõe. Ao conhecer usamos nossas faculdades, mas não por um simples afã de exercitá-las, não para atender a uma necessidade ou anseio que sentimos, cuja necessidade não tem nada haver com elas e para a qual talvez estas nossas faculdades intelectuais não são adequadas ou pelo menos, suficientes. Conhecer não é apenas exercitar as faculdades intelectuais. Não basta ter um mecanismo para usá-lo. Nossas casas possuem muitos