A origem do budismo
A escolha deste tema tem como base alguns paralelismos que consegui estabelecer com a doutrina Cristã:
O seu fundador, que atravessou um período de isolamento total pode ser comparado ao episódio dos quarenta dias e quarenta noites passadas no deserto, que deram origem ao tempo da Quaresma.
Assim como o Cristianismo sofreu várias metaforizações (como o catolicismo, o luteranismo, o calvinismo e a igreja ortodoxa, entre outras) também o budismo sofreu ramificações ao longo dos tempos.
Outra razão para a escolha deste tema é o facto de ser a religião não-cristã que eu menos conheço, talvez pelo facto de ser a menos divulgada ou de ter um papel muito pouco reconhecido pela sociedade ocidental, sendo por vezes vista como uma seita, ou religião menor.
A origem do budismo
O Budismo nasceu na Índia, no séc. VI a.C., com Buda Shakyamuni. Siddhartha Gautama – “Aquele cujo Desígnio será alcançado” ( nome de origem do Buda Shakyamuni) nasceu ao norte da Índia (atualmente Nepal) como um rico príncipe pertencente a família real dos Sákyas. Durante a gravidez, a rainha Maya, mãe de Sidarta, sentia um contentamento tão profundo que inspirou o rei se voltar para as práticas espirituais, encorajando a ação benevolente e compassiva em todos ao seu redor. Na primavera, a rainha deu à luz nos Jardins de Lumbini, sob uma árvore em flor, e faleceu pouco tempo depois.
Criado sob os preceitos das antigas religiões indianas (naquele tempo, a Índia era um território muito rico nas práticas espiritualistas – Yoga já era praticado como ciência espiritualista -, bem como nas ciências como matemática e filosofia), Sidarta foi cercado de belezas e prazeres pelo pai que, temendo que seu único filho deixasse o lar em busca da verdade, o protegeu da visão de qualquer sofrimento.
Quando o príncipe Sidarta atingiu a maioridade, atendeu o desejo de seu pai de se casar, escolhendo a sábia e virtuosa princesa Gopa, cuja mão conquistou mostrando-se mestre nas artes e ciências mundanas, como