A ORIGEM DO ANGIOSPERMAS
Origem das Angiospermas A origem das angiospermas foi considerada por Darwin, em 1879, "um mistério abominável". O que causou a estupefação de Darwin foi o aparecimento repentino das angiospermas no registro fóssil. De repente, sem um elo aparente com nenhum grupo, as angiospermas teriam aparecido de maneira abundante e diversa. A origem e radiação das angiospermas estão entre os assuntos mais fascinantes da botânica e apesar do enorme progresso nos últimos anos, muita coisa ainda está em aberto. As angiospermas hipoteticamente surgiram no Cretáceo Inferior (há cerca de 140 Ma) e no Terciário já se propagavam em todo o ambiente terrestre. Nos espécimes fósseis remanescentes daquele período, todavia, já se observam a diversificação e a diferenciação das estruturas anatômicas peculiares às angiospermas, sendo plausível a hipótese da existência de angiospermas primitivas nos períodos precedentes. Existem duas linhas gerais para a origem das angiospermas:
Teoria Antostrobilar ou Euantial (Arber & Parkins 1907) *Reflete uma extensão de sistemas de classificação pré-darwinianos, como os de De Candolle ou de Bentham & Hooker, sendo porém corroborada por evidências fósseis de folha e pólen. Essa teoria tem sido desenvolvida desde o século XIX por Delpino e Bessey e defendida por Takhtajan e Cronquist na segunda metade do século passado. Ela está baseada na hipótese de homologia entre as flores de angiospermas e os estróbilos bissexuais não-ramificados semelhantes aos encontrados nas Bennettitales do Mesozóico. As primeiras flores seriam grandes, radialmente simétricas, com estruturas reprodutivas e vegetativas numerosas, livres, dispostas espiraladamente, estames laminares, carpelos com muitos óvulos anátropos, bitegumentados e polinizadas por besouros. Segundo essa teoria, as flores de Magnoliaceae e Winteraceae representariam o estado floral mais primitivo em plantas atuais.
Teoria Pseudantial