A origem das creches
Apesar de todas as transformações ocorridas durante os séculos em relação à criança, uma pergunta ainda não tinha resposta: O que fazer com a educação das crianças de 0 a 6 anos, já que a responsabilidade do cuidado e da educação dessas crianças era total da mãe?
A fim de tentar acabar com esse problema é que Menezes Vieira fundou em 1875 o primeiro jardim de infância particular no Brasil, apesar de atender somente a aristocracia, Vieira defencia que os jardins de infância deveriam também assistir as crianças de condição econômica baixa. Mas mesmo com todo esse discurso, é só em 1896, no período republicano, que é datado o primeiro jardim de infância público em São Paulo e em 1899 surge o Instituto de Proteção e Assistência à Infância do Rio de Janeiro.
Através desses dados é possível perceber que no século XIX as iniciativas ligadas a educação infantil foram muito poucas, já que o primeiro jardim de infância público foi inaugurado 21 anos após a criação do particular. Uma diferença muito importante que se deve ressaltar é no que se refere aos termos creche e jardim de infância. Enquanto a creche visava assistir as crianças que ficavam privadas dos cuidados maternos devido ao trabalho da mãe, tendo como principal objetivo evitar o abandono das mesmas por seus responsáveis, o jardim de infância pretendia exercer o papel de moralizador da cultura, transmitindo as crianças os mesmo padrões utilizados na Europa.
O atendimento de crianças em creches, a partir do seu nascimento passa a ganhar um valor social muito grande que perpassa o atendimento exclusivo aos filhos dos pobres. Muitos são os filhos de jornalistas, bancários, professores e outros, que são acolhidos nestas instituições a fim de que recebam uma educação que leva em conta a criança como um todo.
Com a crescente industrialização e urbanização do país que ocorre no século XX, a mulher começa a ter um maior espaço no mercado de trabalho, provocando um aumento das