A origem da musica POP
O conceito de "cultura pop" está ligado ao desenvolvimento do que ficou conhecido, no século 20, como "indústria cultural" - termo utilizado pelos filósofos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973) para definir a condição da produção artística na sociedade capitalista contemporânea. O desenvolvimento do rádio, do cinema e dos discos, no início do século 20, proporcionou o consumo cada vez maior de produtos culturais populares. No período pós-guerra, especialmente a partir da década de 1950, o surgimento do rock’n roll foi um impulso muito forte para a solidificação de um conceito que fez com que inúmeros consumidores, notadamente jovens, vinculassem seu comportamento, modo de pensar, agir e se vestir a determinados produtos culturais. O cinema, a moda, a literatura e especialmente a música, tornaram-se, pouco a pouco, uma forma de identidade de grupos de jovens, que procuravam espelhar seu modo de vida ao modelo de seus ídolos pop. O mais importante produto cultural deste período foi, sem dúvidas, a música, que teve especialmente em Elvis Presley seu maior ícone, ainda na década de 1950. O corte de cabelo, o sorriso, as roupas, a forma de andar, dançar e falar do ídolo eram veiculados por meio de seus filmes e canções, e consumidos e distribuídos em todo o mundo ocidental através de redes de fãs-clubes, que acabariam por tornar o próprio cantor em um produto.
Na década de 1960, o fenômeno da beatlemania deu continuidade à indústria da música pop, e ainda criou o conceito das chamadas "boy bands", até hoje uma fórmula válida para a venda de música como um produto industrial. Os Beatles tinham nos Rolling Stones seus opostos: enquanto os primeiros faziam a linha dos "bons moços", os segundos apelavam para um conceito mais agressivo: a rebeldia extrema ou o bom-mocismo como modelos de produtos que movimentavam milhões de