A origem da filosofia
Vivemos em uma sociedade onde o ter vale mais que o ser.
Na sociedade capitalista contemporânea, a pessoas são incessantemente julgadas por tudo e por todos que as cercam, de maneira subjetiva, de acordo com um pensamento instituído e empírico baseado numa doutrina imposta que prega a total materialização do ser.
O que vemos é a total desagregação ética e moral assolando o nosso planeta. As pessoas são boas não pelo que são, mas por tudo aquilo de material que têm. Os consideradas bons não são aqueles honestos, fraternos, amigos, coerentes. Hoje, a sociedade julga os outros pelo carro novo, apartamento bonito, roupa da moda, computador de ultima geração, entre outros valores. É a propagação do materialismo e da futilidade, que culminam com a total ignorância da população do século XXI.
De forma prática, temos o processo histórico criando a idéia, ou seja, o homem não mais produz a história através do seu pensamento, mas ela sim produz o pensamento do homem de acordo com a sua conjuntura, dando continuidade a um ciclo de não-mudança, como conseqüência de uma total alienação em relação aos processos formadores e mantenedores da atual realidade social. Sendo assim, nos tornamos escravos dessa conjuntura e desse sistema que não nos possibilita a compreensão de si mesmo.
As contradições da sociedade moderna
Talvez se possa partir do princípio que uma das características da modernidade é sua constituição pautada em indivíduos cada vez mais individualizados, buscando desenfreadamente a felicidade articulada sob condições do capitalismo de orientação da vida na lógica da produção e do consumo. Sob tais condições é preciso considerar que não há presença de qualidade de vida e, sim de inúmeras horas de trabalho para aumentar seu capital, com fim último do poder consumir.
O fato incômodo é que não está comprovado que a felicidade tão almejada está no consumo. Este pode proporcionar algo momentâneo, um prazer efêmero, de poucas