A origem da economia politica brasileira
O foco deste texto consiste em debater a capacidade da teoria econômica de ser “universal” e qual a consequência disso para a constituição de uma identidade nacional no modo de pensar economia. Assim, discutimos até que ponto a teoria econômica “universal” pode servir para resolver casos particulares de países periféricos, como o Brasil. A armadilha dos modelos matemáticos e a teoria econômica main stream apoiada sobre os pressupostos relacionados às expectativas racionais dos agentes econômicos, inibe o processo comparativo de ideias, transformando a teoria econômica em um verdadeiro dogma. A realidade econômica e histórica de cada nação apresenta diferenças marcantes, sobretudo se compararmos países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Supor uma única direção econômica a todas as nações, sem imaginar a necessidade de adaptação à realidade vivida na periferia, é fadar uma nação periférica ao eterno subdesenvolvimento. Cabe ressaltar que adaptações no pensamento original, proveniente do centro, não destroem o caráter nacionalista do pensamento econômico da periferia. Uma noção importante para a periferia é que o pensamento econômico pode estar dissociado de sua teoria.
Dessa forma, discutiremos primeiramente a controvérsia concernente ao desenvolvimento econômico do Brasil nas décadas de 50 e 60. Tal objeto foi amplamente estudado e tem sido considerado como um marco inicial de estudos mais analíticos a respeito do pensamento econômico brasileiro.
Neste trabalho buscamos entender porque o pensamento econômico brasileiro considera o desenvolvimentismo, bem como os estudos relacionados ao desenvolvimento nacional como um ponto de partida para um pensamento econômico nacional. Da mesma forma, procuramos compreender e explicar porque a literatura não considera ou estuda as ideias e ou o pensamento econômico brasileiro anteriores ao século XX. Por fim, procuramos entender como e por que modelos