A organização regional do espaço brasileiro
O texto de Roberto Lobato Corrêa fala que a organização regional do espaço brasileiro é algo muito complexo, pois se trata da regionalização de um país de grandes dimensões que tem passado por um complexo e desigual processo de diferenciação que envolve o tempo e o espaço.
Segundo o texto, a partir da década de 1950 surgiu uma nova regionalização brasileira, caracterizada por três grandes regiões, o Centro-Sul, o Nordeste e a Amazônia, apoiada em limites formais, isto é, político-administrativos. Abaixo, teremos as três regiões explicadas, quais estados as constituem, sua definição e suas características:
Centro-Sul: é constituído pelas regiões Sudeste, Sul e mais as seguintes unidades da federação, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. É definido como sendo o coração econômico e político da nação. Suas características são: concentração dos principais centros de gestão econômica e política do país, sendo o seu principal centro de gestão e acumulação do país a metrópole paulista; concentração da produção industrial do país; urbanização, que decorre da sua magnitude industrial; densa rede de circulação, envolvendo os principais nós de circulação; principal área agropecuária do país; principal área em termos de mobilidade demográfica; concentração de renda; principal área política do país; maior concentração de capital constante.
Nordeste: constituído de oito Estados, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. É definido como a região das perdas. Suas características são: importância declinante de agropecuária no contexto nacional; perda demográfica, é caracterizado como uma área de expulsão demográfica que tem no Centro-Sul o tradicional polo de atração; as perdas vão traduzir-se, também, pelo fato de suas atividades mais dinâmicas serem controladas de fora da região, estando voltadas para fora; as perdas efetivadas sobre um espaço organizado de