A organização coletiva e o escoamento da produção da piscicultura em áreas de reforma agrária: o caso do assentamento são joaquim, madalena-ce.
Áricles Fernandes de Queiroz
Maria Lucia de Sousa Moreira
Francisco Casimiro Filho
RESUMO: Este trabalho buscou analisar a organização e comercialização da atividade de piscicultura em tanques-rede, implantada e acompanhada pelo DNOCS em parceria com o MST, na comunidade Quieto I, no assentamento São Joaquim/25 de Maio, Madalena/CE. Para a compreensão de todo o processo de desenvolvimento da piscicultura no estudo de caso se fez necessário um estudo teórico da atividade no contexto da agricultura familiar e do agronegócio. Conversas informais, individuais e coletivas, oficinas, bem como reuniões e assembléias também fizeram parte do levantamento de dados complementando assim a metodologia utilizada para discussão da piscicultura e compreensão da formação da organização do trabalho coletivo para a atividade nas comunidades Quieto I e II, no assentamento 25 de Maio. As conversas informais facilitavam a descontração e confiança dos assentados para fornecerem as informações necessárias à pesquisa. No processo de organização da atividade um grupo coletivo foi formado sendo composto na sua maioria por jovens de famílias assentadas distintas das duas comunidades, jovens estes que antes não tinham oportunidades nos projetos produtivos do assentamento. Tendo em vista que os maiores entraves dessa atividade nos assentamentos, são a organização, assistência técnica, linhas de crédito e principalmente a comercialização que tem o desafio do escalonamento de produção e produção de produtos de valor agregado. Esta pesquisa resolveu por bem analisar a atividade na questão da organização para a mesma e como se realiza o processo de comercialização. A atividade, após a conclusão do projeto, se mostrou não somente como geradora de alternativa de renda e de alimento de qualidade como também mediadora da organização dos grupos