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As organizações e os seus membros tornam-se alvos de armadilhas devido ao inconsciente. Segundo Freud isto acontece porque o inconsciente cria-se à medida que os seres humanos detêm os seus desejos e pensamentos.
São vários os autores que falam sobre o inconsciente, sendo que todos têm um ponto comum: a ideia que os seres humanos vivem as suas vidas como sendo prisioneiros das suas próprias histórias pessoais.
Organização e sexualidade reprimida
Segundo Freud (2006:211), podemos observar maneiras de sexualidade reprimida no dia-a-dia. Ele era da opinião que as crianças se iam desenvolvendo através de diferentes fases e onde essas experiências vividas poderiam influenciar - na vida adulta - formas de repressão da sexualidade. Isto acontecia dado que, a personalidade vai-se adaptando à medida que se vai aprendendo a lidar com os desejos da vida.
Deste modo, segundo o autor: impulsos sexuais e fantasias influenciam as políticas da organização; comportamentos neuróticos determinam formas de representação paranóicas no ambiente e nas relações de trabalho. As empresas vão institucionalizando as inquietações inconscientes na cultura organizacional, uma vez que as mesmas são ajustadas pelos interesses inconscientes dos indivíduos.
Organização e família patriarcal
Os valores do sexo masculino têm uma influência dominante nas relações hierárquicas encontradas na família patriarcal que, segundo Wihelm Reich, servem de fábrica para ideologias autoritárias. Os homens apresentam assim a necessidade de comportamentos directos e agressivos, enquanto as mulheres foram defrontadas com papéis que as coloca em posições de subordinação, onde elas tendem a promover a educação e o trabalho em grupo, o que, segundo o autor, desenvolve transformações na organização.
Sendo assim, é necessário firmeza, coragem, heroísmo e auto-admiração para a compreensão do ambiente da organização, qualidades possuídas somente pelos homens, segundo o autor.