A Ordem Como Um Meio C Pia
O segundo mandato de Dilma enfrenta uma situação de crise política e econômica no Brasil; desafia um quadro de altas inflações, complicações no mercado de trabalho, atividade econômica enfraquecida e, aliado a esse contexto, o maior escândalo de corrupção da historia do país, envolvendo a Petrobrás, com muitos políticos e grandes empreiteiras envolvidos. Esse cenário, aliado a indignação de parte da população quanto aos resultados eleitorais de 2014, fizeram com que março de 2015 fosse marcado por duas grandes manifestações; a dos dias 13 e 15.
Vestidos de verde e amarelo, mais uma vez, jovens e adultos, crianças e idosos, ocuparam as ruas de inúmeras cidades do país; o estopim, dessa vez, foi o escândalo da Petrobrás que envolveu um desvio bilionário, além da situação econômica que a nação enfrenta. No dia 15 de março, não foi apenas um grupo da mesma classe reivindicando direitos, ou, como foi dito há dois anos, reivindicando vinte centavos. Nesse domingo, a pauta foi diferente, foram cidadãos reivindicando respeito, mostrando que estão dispostos a exercer ao máximo seus direitos, de protestar, de reivindicar, mostrar que não estão nem um pouco satisfeitos com a atual situação, e que estão dispostos a lutar por um país melhor; utilizar a ordem como um meio para se chegar a um país bom para todos, de forma que o governo mude suas atitudes.
Por outro lado, o dia 13 de março foi marcado por um manifesto a favor da Petrobrás e da presidente Dilma, chamado de sindicato dos petroleiros, contou com um número bastante reduzido, se comparado ao movimento do dia 15. Com o intuito de dar forças ao governo, esses manifestantes saíram às ruas com bandeiras e cartazes, com palavras e imagens de suporte à situação vigente; entretanto, este fato só fez fomentar a indignação dos insatisfeitos, e serviu de munição para o protesto posterior.
Diferentemente dos manifestos de 2013, os protestos de 15 de março tiveram um caráter