A Ontologia Contemporânea - Sartre
1.1. Distinguir e separar Psicologia e Filosofia.
Segundo Husserl, a Psicologia explica por meio de observações e de relações causais, fatos mentais e comportamentais, isto é, os mecanismos físicos, fisiológicos e psíquicos, que nos fazem ter sensações, percepções, lembranças, pensamentos ou que nos permitem realizar ações pelas quais nos adaptamos ao ambiente. A Filosofia, difere da psicologia, porque investiga o que é físico, o fisiológico, o psíquico, o comportamental. Em outras palavras, não explica fatos mentais e de comportamento, mas descreve as essências da vida física e psíquica.
1.2. Afirmar a prioridade do sujeito do conhecimento diante dos objetivos
Husserl privilegia o sujeito do conhecimento, isto é, afirma que as essências descritas pela filosofia são produzidas pela consciência, enquanto um poder para dar significação à realidade. Essa consciência a que se refere o filósofo é o sujeito do conhecimento, como estrutura e atividade universal e necessária do saber. É a Consciência Transcendental ou Sujeito Transcendental.
A consciência é uma pura atividade, o ato de constituir essências ou significações, dando sentido ao mundo das coisas.
O ser ou essência da consciência é o de ser sempre consciência de, a que Husserl dá o nome de intencionalidade.
1.3. Ampliar, renovar o conceito de fenômeno.
Husserl mantém o conceito Hegeliano e Kantiano, mas amplia ainda mais a noção de fenômeno. Ele faz algumas críticas em relação às ideias de Hegel e Kant.
Afirma que Kant equivocou-se ao distinguir fenômeno e nôumeno e que Hegel aboliu a diferença entre a consciência e o mundo.
Husserl diz que não há nôumeno, não há “a coisa em si”, diz ainda que a consciência possui uma essência diferente das essências dos fenômenos.
Ele afirma que fenômeno não são apenas as coisas materiais que percebemos, mas coisas que existem puramente no pensamento