A onda

O Médico e o Monstro (1886) — é "uma reação ao pessimismo e ao desânimo, um ato de confiança na potencialidade juvenil

O livro O visconde partido ao meio é o conflito entre bom e mal, claro e escuro, e a fatídica e também clarificadora idéia de que sempre os dois extremos residem em nós mesmos. O conflito é sempre interno, nunca influenciado por fatores de fora. Quer-se lutar contra o mundo, quando na verdade necessita-se lutar consigo mesmo.

Dr. Jekyll , honesto e virtuoso, que tenta, em suas experiências científicas, dividir sua face boa e sua natureza má.
É assim que nasce o pavoroso Mr. Hyde, materialização de suas inclinações perversas, através de uma fórmula química elaborada secretamente no laboratório do Dr. Jekyll, que procura manter sua criatura sob estrito controle. No início ele alcança seus intentos, mas aos poucos vai encontrando dificuldades para retomar sua personalidade primordial, discreta e circunspecta.
O mais inesperado neste livro é a forma como ele usa de ficção para construir dilemas que são sim, invariavelmente, de natureza humana. E mostrar que nossa essência é passível de erros e acertos, de bem e mal. Nele, a idéia de que temos o bem e o mal coexistindo em um só ser é reafirmada e explorada de forma extremamente impressionante.

O autor nos surpreende com uma personagem que é vítima e criminoso ao mesmo tempo, que assim como nós é metade bom e metade ruim. No livro, Edward Hyde é forma física que o lado ruim de Mr.Jenkyll, toma com a ajuda de um composto químico desenvolvido pelo mesmo

Quando chega o momento em que você se perde para você mesmo, não encontra mais quem você era e se transforma em uma nova pessoa...
Parabéns pela genialidade de poder transcrever em palavras o que todos nós somos: o bem e o mal, lutando segundo por segundo a cada dia.
Não é qualquer um que consegue criar uma obra assim vinda de somente um sonho. R.L. Stevenson em 1886 supera escritores de 2011

Com palavras melancólicas e de profundo