A olimpíada empresarial
Rosabeth Moss Kanter faz uma interessante comparação. Diz ela que a economia global na qual operam agora os negócios se parece como uma olimpíada empresarial - uma série de jogos disputados no mundo inteiro, do qual participam co mpetidores nacionais e internacionais. As provas olímpicas determinam não apenas a equipe vencedora como também o país que vence globalmente. Essa metáfora nos lembra que a competição é regida por regras. Nas combinações de jogos, os membros de uma equipe podem competir individualmente em algumas provas, como competem em equipe em outras. A colaboração tem, assim, um importante papel. Além disso, há muitos jogos diferentes onde competir e que exigem habilidades especializadas e condições de competição muito variáveis. Mas existem também características gerais comuns às equipes que competem e ganham repetidas vezes, como: força, habilidade e disciplina do atleta, foco na excelência individual, aliadas à capacidade de trabalhar bem dentro de uma equipe bem int egrada. A excelência individual não é mais suficiente; exige -se a responsabilidade pelo desempenho de toda a equipe. O futebol é um bom exemplo disso.
Para muitas empresas, a competição na qual então inseridas parece -se cada vez mais com o jogo de croquê de Alice no País das Maravilhas de Alexis Carrell - um jogo no qual os participantes precisam lidar com mudanças constantes e inesperadas. Naquele jogo fictício, nada permanecia estável por muito tempo, porque tudo estava vivo e se mexia em volta do jogador - uma condição por demais real para muitos gerentes. O taco usado por Alice era um flamingo, que tinha a tendência de virar a cabeça e olhar para outra direção no momento em que Alice procurava atingir a bola. Esta, por sua vez, era um porco -espinho, outra criatura com vontade própria. Em lugar de ficar parado, esperando que Alice o atingisse, o porco-espinho desenrolava-se, levantava-se, movia-se para outra parte da quadra e