A obesidade e as políticas de saúde
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO STRICTU SENSU EM BIOCIÊNCIAS E SAÚDE – NÍVEL MESTRADO
PATRICIA TERRON GHEZZI DA MATA
A OBESIDADE E AS POLÍTICAS DE SAÚDE
Trabalho entregue ao Programa de pós-graduação Stricto Sensu em Biociências e Saúde- Nível Mestrado, do Centro de Ciências biológicas e da Saúde, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, como requisito da disciplina de Processo Saúde-Doença e Políticas de saúde.
CASCAVEL – 2012
Introdução
O ser humano evita, de modo instintivo, coisas que são prejudiciais à saúde. Rejeitamos substâncias de sabor amargo, alimentos com indício de putrefação, buscamos proteção contra frio e calor, contra chuva e contra o sol abrasador. Não obstante esses comportamentos, adoecemos; a doença, e sobre tudo a doença transmissível, é um antigo acompanhante da espécie humana, como revelam pesquisas paleontológicas (SCLIAR, 2002).
A doença não pode ser compreendida apenas por meio de medições fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a dor, o prazer, enfim, os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que adoece (BRÊTAS; GAMBA, 2006), e considerando que ela ocorre num dado ambiente, ALMEIDA FILHO; ROUQUAYROL (2002) enfatizam que o estado final provocador de uma doença é resultado do sinergismo de uma multiplicidade de fatores políticos, econômicos, sociais, culturais, psicológicos, genéticos, biológicos, físicos e químicos (SCLIAR, 2007).
A doença está relacionada à história do indivíduo e deste com a sociedade, ela é uma perturbação experimentada pelo indivíduo, uma exceção que o afasta das suas relações vitais em que ele estava habitualmente vivendo. Esta experiência, da doença, relaciona-se ao estado anterior da saúde, que estando “esquecida” ou não chamando a atenção impõe o estabelecimento de valores padronizados. Ora, a doença, então, não pode existir sem a saúde (PALMA, 2000).
O conceito de