A nova quimica do sangue
Os exames sanguíneos tornaram-se também uma arma vital para a realização de um antigo sonho dos médicos – a individualização dos tratamentos. Quantidades ínfimas de sangue informam como um paciente responde a determinado medicamento. "Com isso, os médicos ganham um tempo precioso tanto pelo diagnóstico precoce quanto pelo acompanhamento minucioso da evolução clínica do doente", diz o patologista Rogério Rabelo, um dos maiores estudiosos de testes de sangue automatizados do país e pesquisador do Instituto Fleury, um importante centro de pesquisa de análises clínicas. "Dessa forma, as chances de sucesso do tratamento aumentam sobremaneira." O arsenal à disposição dos especialistas é vastíssimo. Existem atualmente cerca de 5.000 tipos de exame de sangue para ajudar nos cuidados e na prevenção dos mais diversos males – do diabetes à artrite reumatóide, das hepatites ao lúpus, dos infartos e derrames aos cânceres de mama e de intestino.
Um bom exemplo dessa história de conquistas é um novo exame para a detecção precoce da artrite reumatóide. Com 2 milhões de vítimas no Brasil, a doença se caracteriza pelo ataque do sistema imunológico contra as células das articulações. A investida desencadeia um processo inflamatório, que danifica os ossos. O resultado são dores terríveis e deformações, principalmente nas mãos, nos punhos, joelhos, tornozelos e pés. Há cinco anos,