A nova história cultural: uma perspectiva
Introdução
O presente trabalho pretende discutir uma nova forma de se abordar os eventos históricos chamada Nova História Cultural. A escolha se justifica, que esta consegue trazer novos ares ao trabalho do historiador. Para justificar essa afirmação, basta observamos o esgotamento das explicações oferecidas por modelos teóricos globalizantes, com tendências à totalidade, nos quais o historiador era refém da busca da verdade. Essas explicações globais, por sua incapacidade de interpretar novos agentes históricos, passaram, portanto, a ser questionados.
Através de conceitos como representação, imaginário, sensibilidade, entre outros essa Nova História Cultural pretende fazer um abordagem da cultura, buscando dar voz ao outro, visto que pretende trazer à tona o individuo como sujeito da História, assim esse historiador da cultura busca através dos arquivos construir histórias de vidas de figuras novas oriundas das classes populares.
História & História Cultural
Desde 1968 a História vem sofrendo transformações que culminaram com a crise dos grandes paradigmas, levando a um esgotamento de seus modelos metodológicos, seu regime de verdades e de explicações totalizantes. Esse processo ocorre devido à complexidade instaurada no mundo pós-Segunda Guerra Mundial, a entrada de novos grupos que demandavam novos questionamentos que os modelos correntes de análise não davam mais conta.
Outro motivo da crise na qual a História vinha sofrendo relacionava-se a fixidez desses modelos, pois não havia a necessidade de buscar novas hipóteses devido à consolidação de determinados paradigmas, sendo assim as respostas já estavam lá, inviabilizando de certa forma o processo de pesquisa.
Assim o marxismo e a corrente dos Annales passaram a não responder as demandas que os novos questionamentos necessitavam, contudo, essa crítica não gera uma ruptura total com as matrizes explicadoras, todavia possibilitaram um novo questionamento que