A NOVA HISTÓRIA ANALISADA

INTRODUÇÃO

O objetivo do presente trabalho é realizar uma análise acerca de um capítulo do livro “A Nova História”, com tradução original de Ana Maria Bessa, baseado na obra literária de Jaques Le Goff, publicada originalmente pela revista Magazine Littéraire em 1977. Preliminarmente, o interlocutor é inserido em uma mesa redonda entre os principais intelectuais da história contemporânea da época, entre esses indivíduos, alem do próprio Jaques Le Goff, estavam os ilustres Emmanuel Le Roy Ladurie, Georges Duby, Michel De Certeau, Paul Veyne, Philippe Aries e Pierre Nora. A principal idéia dessa discussão seria o surgimento de uma “Nova História” que colocara não mais os grandes homens e os grandes acontecimentos no centro de sua formação, mas uma ruptura com o anacronismo dos grandes manuais para a emancipação da historia dos povos e das mentalidades. Como pesquisa, o presente trabalho consiste em exemplificar o principio desse processo de ruptura, além da reafirmação da história contemporânea como um novo expoente da sociedade cultural.

DESENVOLVIMENTO

1. A PAIXÃO ATUAL PELA HISTÓRIA
No começo dos trabalhos entre os debatedores presentes a mesa, existe uma preocupação em explicar a justifica do crescimento da paixão dos indivíduos por essa nova forma de exemplificar a história. Esse fenômeno consiste em uma evolução material da História, que assim como a Geografia dos anos 1950, trazia um ideal de descoberta em si mesma. A proposta por uma “base de estudos” não tão bem delineada como a dos manuais anacrônicos, e sim por algo multidisciplinar, que não preze apenas pela grandeza dos episódios, mas que também se preocupe em explicar a importância de um objeto (a roda, por exemplo) para a formação de uma sociedade, ou seja, como aquele grupo de indivíduos passou a conviver a partir do surgimento deste ou daquele item. Existe também uma forte preocupação com os meios de comunicação em massa, de modo que como essas novas formas de