A nova era do acesso
Com a nova organização Político-Ecônomica do capitalismo, passando do fordismo à acumulação flexível, notamos diversas mudanças na organização do trabalho, bem como, na cultura de consumo da população. O fordismo, caracterizado principalmente pela produção em massa e o consumo em massa - resultado de um trabalho altamente especializado,alienante, cujo resultado era um enorme volume de produtos pouco diferenciados e que deveriam ser escoados (consumidos) - foi sendo substituído pelo novo regime de acumulação flexível. Neste novo regime, caracterizado principalmente por novos sistemas de produção flexíveis que permitiram uma corrente aceleração no ritmo de inovação dos produtos, o tempo de vida dos mesmos caiu pela metade em comparação com os produzidos no fordismo. O vídeo trata de um assunto também discutido no texto de Jeremy Rifkin (Entrando na era do Acesso), "Em um mundo de produção customizada, de inovação e atualizações continuas e de ciclos de vida de produto cada vez mais breves, tudo se torna quase imediatamente desatualizado. Ter, guardar e acumular, em uma economia em que a mudança em si é a única constante, faz cada vez menos sentido", Nessa era em que a relação de propriedade vem cada vez mais sendo substituída pelo acesso, o consumo passa a ser de recursos e experiências culturais (em vez da posse de produtos). Como Rifkin afirma, "fazendas, fábricas e escritórios praticamente sem trabalhadores serão a norma em todos os países", portanto a perpetuidade das empresas se dará com a automatização total e constante exploração em meio a esfera de trabalho cultural e comercial, para atender às necessidades e desejos culturais da população. Atualmente já podemos observar essas mudanças claramente, o crescimento de sites que vendem "experiências" como Peixe Urbano, Click On e A vida é bela, refletem os