A nova cartada dos kleyn
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A nova cartada de Michael KleinPela segunda vez, o filho do fundador da Casas Bahia quer rever acordo de fusão com o grupo Pão de Açúcar que criou a Viavarejo, a maior rede de eletroeletrônicos do País.
Quando anunciada, em dezembro de 2009, a fusão do Pão de Açúcar, comandado pelo empresário Abilio Diniz, com a Casas Bahia, de Michael Klein, foi saudada como um golpe de mestre na consolidação do varejo nacional. Em uma só tacada, Diniz se unia a um de seus rivais e criava uma empresa de faturamento de R$ 40 bilhões, 137 mil empregos e 1.807 lojas. Quatro meses depois, no entanto, a família Klein ameaçava cancelar a união, alegando que havia sido prejudicada no acordo. Foi necessária uma nova e longa rodada de negociações, na qual o Pão de Açúcar teve de fazer uma nova capitalização entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, para que a união, enfim, vingasse. Apesar do acordo, até as calçadas da Avenida Goiás, em São Caetano do Sul, região do grande ABC, sede da Casas Bahia, sabem que as relações entre as famílias Klein e Diniz desde então sempre foram profissionais e protocolares.
Na segunda-feira 15, um novo lance reabriu as antigas feridas. De forma unilateral, sem avisar os novos controladores do Pão de Açúcar, o grupo francês Casino, os Klein enviaram uma notificação para Enéas Pestana, presidente do grupo. Na carta, Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, e seu filho Michael ameaçavam o Pão de Açúcar com um processo arbitral por conta de “erros e inconsistências relevantes capazes de alterar a equação que definiu a relação de troca entre as ações da Nova Casas Bahia e as da Globex.” Os problemas, segundo o documento, foram identificados em relatório preliminar da KPMG, contratada para auditar as contas da Nova Casas Bahia, Globex (Ponto Frio), Nova Pontocom e Indústria de Móveis Bartira. Em resumo: a família Klein quer rever, pela segunda vez, as condições que criaram a maior rede de eletroeletrônicos do País. Em comunicado, o Pão de Açúcar confirmou a