A natureza do serviço social e sua gênese.

1.A Natureza do Serviço Social na sua Gênese O Serviço Social ao longo de seu desenvolvimento, vêm desenvolvendo vários debates acerca do fazer profissional. Os profissionais assistentes sociais procurando legitimar a profissão , se “debatem” sobre a natureza do Serviço Social, através da análise de duas teses acerca da natureza e gênese da profissão: a perspectiva endogenista e a histórico-crítica.

1.1 Natureza e Funcionalidade da Profissão na perspectiva Endogenista: particularidades e características. A perspectiva endogenista sustenta a origem do Serviço Social pela evolução das antigas formas filantrópicas , da ajuda e da caridade.
Aparecem como autores desta tese: Herman Kruse, Ezequiel Ander-Egg, Natálio Kisnerman, Boris Alexis Lima, Ana Augusta de Almeida, Balbina Ottoni Vieira, José Lucena Dantas, entre outros.
A perspectiva endogenista tem por base as primeiras formas de ajuda para explicar a profissão, e as práticas realizadas pelos primeiros precursores da Assistencia Social, muitas das vezes oriundos da igreja católica. Vários autores se vinculam a essa perspectiva, fazendo surgir diferentes posições acerca do entendimento dos “antecedentes” da profissão, no entanto eles continuam interpretando a prática como forma de ajuda, não conseguindo romper com as bases conservadoras vinculadas a esta perspectiva.
Os autores desta tese se deixaram levar pela aparência, não conseguem ir mais fundo, se baseando apenas no que se está posto aos olhos. Desta forma não procuram fazer uma análise profunda da realidade social e do fazer profissional, toma os sujeito e as relações sociais como autônomos desligados de um contexto histórico e social. O Serviço Social é visto em si mesmo e a prática exercida pelos seus profissionais é tomada como escolha, como vocação; não se percebe a existência de atores coletivos e que estes estão vinculados a uma ordem social determinada, que influência diretamente na vida das pessoas e nas relações sociais que