A NATUREZA DO SERVIÇO SOCIAL NA SUA GÊNESE
A princípio o texto expressa que autores e profissionais trilham por duas determinadas teses, com objetivo de melhor encontrar respostas para o surgimento do Serviço Social. E é através da compreensão de uma ou de outra tese, que poderemos ser capazes de compreender o tripé que envolve políticas sociais, gênese do Serviço Social e legitimação. Notando, essencialmente, que estas teses não são de fato opostas, gerando certas semelhanças, onde o que mais as difere é a abrangência com que tratam a questão da origem do Serviço Social, uma de maneira mais singular e individualista e outra de maneira totalizante.
1. A GÊNESE DO SERVIÇO SOCIAL: duas teses sobre a natureza profissional:
As teses que tratam da gênesis do Serviço Social necessariamente não são distintas, mas se enfrentam como interpretação extrema sobre o tema de maneira que aparecem como alternativas e se excluem.
1.1 A perspectiva Endogenista:
Tem como base que o Serviço Social tem origem do processo de evolução, organização e profissionalização das antigas formas de ajuda, da caridade e da filantropia, que se encontra, há certo tempo, atrelada à ‘questão social’.
Os principais representantes desta tese são: Herman Kruse, Ezequiel Ander-Egg, Natálio Kisnerman, Boris Alexis Lima, Ana Augusta de Almeida, Balbina Ottoni Vieira, José Lucna Dantas, etc. A maioria dos teóricos do Serviço Social sustenta esta tese, o que significa que ela é bastante difundida e ‘debatida’. Trata-se de um conjunto de teóricos que defendem a ideia do Serviço Social tradicional mais os autores que buscam ou têm a intenção de ruptura.
Herman Kruse (1972) usando-se do pensamento de Greewood entende que o “serviço social é uma tecnologia, pois sua ação procura a mudança”. Identificando um paradigma do Serviço Social na perspectiva que o coloca como aplicação de teorias, e outro naquela que situa sua prática como fonte de teorias.
Natálio Kisnermam (1980) num sentido