A narrativa digital
O início da era de informação digital começou nos EUA, no final dos anos 1980. As notícias eram personalizadas na Internet por provedores como a America On-line. Mas o primeiro jornal a disponibilizar os serviços on-line foi The New York Times, em meados do ano 1970. No Brasil, as primeiras experiências com jornalismo digital foi no grupo O Estado de São Paulo. O primeiro jornal brasileiro com cobertura completa no espaço virtual foi o Jornal do Brasil em 1995.
O Jornalismo na Internet trouxe novas formas de editar notícias, com impactos no trabalho dos jornalistas, no conteúdo noticioso, redações e estruturas industriais; na relação entre organizações de notícias e o público, e sobre a ética, ou seja o sentido de responsabilidade no jornalismo se amplifica e deve ser levado à risca.
Diversos modelos de edição de conteúdos foram testados visando conteúdo dinâmico, atualização constante, hipertextualidade, multimidialidade, personalização e imersão. Os recursos multimídia desafiam a organizar e apresentar o conteúdo de forma atraente. A pirâmide invertida remonta aos gregos há mais de dois mil anos e continua sendo importante na informação digital. Na internet possibilita através de links relacionar com reportagens do passado.
O jornalismo on-line não tem periodicidade, restrições de tempo ou espaço e permite uma multiplicidade de linguagens. Houve tentativas de suprimir a pirâmide invertida, mas sem sucesso. Nielsen defende o valor do modelo, pela fórmula do lead, com constante atualização e continuidade pela suíte ou desdobramento do fato. Possibilita valorizar os casos de acidentes, catástrofes, apuração de eleições, coberturas de jogos de futebol, carnaval ou depoimentos importantes.
Calmon Alves da Universidade do Texas diz que as pessoas querem uma informação rápida e direta do que está acontecendo no mundo e isso só é possível na era digital através da linearidade da pirâmide invertida. O valor da pirâmide invertida é expresso