A música renascentista
I. Aspectos Históricos
Os compositores da época passaram a ter um interesse muito mais vivo pela música profana (música não religiosa), e em escrever peças exclusivamente para instrumentos, já não usados somente para acompanhar vozes. No entanto, os maiores tesouros musicais renascentistas foram compostos para a igreja, num estilo descrito como polifonia coral ou policoral e cantados sem acompanhamento de instrumentos. A música renascentista é de estilo polifônico, ou seja, possui várias melodias tocadas ou cantadas ao mesmo tempo.
• Música Vocal: Na Basílica de São Marcos, em Veneza, havia dois grandes órgãos e duas galerias para coro, situadas em ambos os lados do edifício. Isso deu aos compositores a idéia de compor peças para mais de um coro, chamadas policorais. Assim, uma voz vinda da esquerda seria, de certa forma, respondida pelo coro da direita e vice-versa. Algumas das peças mais impressionantes são as de Giovani Gabrielli (1555 – 1612), que escreveu corais para dois, três ou até mais grupos. Na música vocal havia, como um certo tipo de coral, os Motetos que eram peças escritas para, no mínimo, quatro vozes, cantados geralmente nas igrejas. Havia também os Madrigais, esses eram canções populares escritas para várias vozes e que se caracterizam por não ter refrão. Esses tipos de coro fizeram um grande sucesso na Inglaterra do século XVI e, talvez por esse motivo, passaram a ser cantados nos lares de todas as famílias apaixonadas por música.
• Música Instrumental: Até ao começo do século XVI, os compositores usavam os instrumentos apenas para acompanhar o canto que muitas vezes eram feitos apenas para música profana. Contudo, durante o século XVI, os compositores passaram a ter cada vez mais interesse em escrever música somente para instrumentos. Em muitos lares, além de flautas, alaúdes e violas, havia também um instrumento de teclado, que podia ser um pequeno órgão, um virginal ou um