A música da década de 90
Escrever a respeito da história da década de 1990 tem se apresentado como tarefa das mais delicadas, já que analisar a história do passado imediato, exige muita atenção, perspicácia e cuidado. Muitos autores que analisaram a última década do século XX, inscrita na chamada pós-modernidade, apontam para o fato de que vivemos uma crise de civilização. A década de 90 começou com o colapso da União Soviética e o fim da Guerra Fria, sendo esses seguidos pela consolidação da democracia, globalização e capitalismo global. Fatos marcantes para a década foram a Guerra do Golfo e a popularização do computador pessoal e internet. Muitos países, instituições, companhias e organizações consideraram os 90 como “tempos prósperos”. Muitos países ocidentais tiveram estabilidade política e diminuíram a militarização devido ao fim da Guerra Fria, levando ao crescimento econômico e melhores condições de vida para as classes altas. Isso também teve a colaboração dos baixos preços de petróleo, devido a um excesso de óleo no mercado. A cultura jovem foi muito diversificada se ramificando em tribos num universo social muito diverso que foi desde o superficialismo e consumismo até a militância ambientalista e antiglobalizante. A expressão nas roupas e através de tatuagens e piercings também foi marcante, bem como o consumo de drogas com o surgimento do ecstasy ligado a cultura de música eletrônica o aumento no consumo de maconha na classe média. No Brasil o jovem se viu envolvido cada vez mais com sexo em idade precoce e também foi vitima do aumento da violência nos grandes centros urbanos. Tivemos nos anos 90 a continuação e afirmação da música brega, retratando a decadência social e cultural do nosso povo, manipulada pela ditadura da imensa cadeia de rádios FM e AM pertencentes em sua quase totalidade a deputados e senadores em todo o país, pois evidentemente é muito mais fácil manipular e ganhar votos do