A mão que não embala o pib
1 – A economia brasileira é um paradoxo. O governo abre a mão. Despejar recursos e incentivos em massa na economia. Os juros nunca foram tão baixos e o desemprego permanece em patamares mínimos. Tem-se apoio a combinação perfeita para injetar animo e insuflar o consumo e os instrumentos. Mas o PIB não dá sinais de reação. Porque?
Primeiramente uma explicação estaria nos efeitos da crise do euro e do pálido crescimento dos países ricos. Mas só isso não explica a desaceleração. Sofrendo as mesmas pressões externas negativas, as economias de Chile, Peru e Colômbia têm projeção de crescimento de 5% para este ano. O Brasil perdeu o gás por motivos mais profundos. Há dez anos o governo não faz nenhuma reforma significativa com impacto positivo no principal indutor da riqueza: a produtividade. A melhora na infraestrutura foi medíocre em todo esse período, fazer negócios continuou a ser um pesadelo burocrático e tributário, e a qualidade da mão de obra evoluiu — mas pouco. O crescimento econômico mais rápido, enquanto durou, foi resultado das políticas de crédito barato, que não podem ser mantidas indefinidamente, e do empuxo das reformas feitas na década anterior. Tudo isso, claro, impulsionado pela valorização dos principais itens de exportação — a produção agrícola e os minérios. Apesar de todos os incentivos, as engrenagens da economia giram em falso.
2 – O que é balança comercial favorável?
Balança comercial é um termo econômico que representa as importações e exportações de bens entre os países.
A balança comercial favorável trouxe bilhões de dólares e alimentou a expansão do crédito. Agora, sem o vento externo a favor, os antigos gargalos voltam a estrangular o PIB.
3 – Por que produzir no Brasil ficou mais caro?
Ficou caro produzir no Brasil, por causa da alta no custo em fatores como eletricidade e mão de obra, e as indústrias têm optado por importar componentes e até mesmo produtos acabados, no lugar de ampliar