A MUSICA DO SECULO XX
Cristine Clasen
1 – Introdução O século 20 foi uma das épocas mais fascinantes e, ao mesmo tempo, uma das mais terríveis da História da Civilização.
Ao lado da integração da economia mundial ou globalização e do notável avanço científico (a descoberta da estrutura do átomo, as viagens espaciais, a cura de centenas de doenças, o mapeamento do genoma, sem esquecer o desenvolvimento da cibernética), presenciamos catástrofes humanas sem precedentes, como duas guerras mundiais e milhares de conflitos regionais, inúmeras perseguições políticas, religiosas, raciais e sociais, com milhões de pessoas deslocadas de suas origens, feridas ou mortas, destruição da natureza e momentos cheio de angústia e de medo com a perspectiva de um autoextermínio em decorrência de uma hecatombe com armas nucleares.
A globalização é o estágio da economia capitalista que prevê vultosos investimentos multinacionais; grandes fusões de mega empresas; privatização das empresas estatais; reengenharia administrativa; meios de comunicações e de transportes ancorados na tecnologia; fim do nacionalismo, do provincialismo, da política populista e paternalista; etc...
No final do século 19 e nas primeiras décadas do século 20 as tendências estilísticas de todas as Artes começaram a se fragmentar e a Música, não incólume, incorporou, na medida do possível, todas as ideias e experiências. Herdou também as inquietações das novas teses científicas de Darwin, Freud e Einstein e das ideias filosóficas de Nietzsche, Heidegger, Bergson e Marx. E sentiu as tensões políticas do tempo anterior a I Guerra Mundial, iniciada em 1914.
Podemos chamar a Arte da primeira metade do século 20 como "Moderna" e a da segunda metade de "Pós Moderna".
Estes conceitos são de origem filosófica: "Moderno" traz a ideia de atualidade e renovação e nos remete ao domínio europeu capitalista comercial e industrial, com todas as suas consequências, que surgiu por volta do século 14.