A Muralha 10
Já ouvi dizer que o corpo humano é uma muralha por gente que entende do traçado, que fazendo uma comparação grosseira do corpo humano com uma muralha construída com pedra, cimento e argamassa, tipo a muralha da China. Grande, forte e resistente ao tempo, tornou-se famosa e histórica como símbolo de fortaleza. Mas existe uma desconformidade visível que os detalhistas verificam rapidamente essa grosseira diferença. A muralha é estática, o corpo é dinâmico. A muralha é um organismo sem vida, o corpo é vital e se defende das agressões pela movimentação física ocupando vários espaços. A defesa química é verificada no seu interior através de órgãos internos que obedecem a um comando. Quando sofremos uma agressão por micróbios, vírus e bactérias, que invadem a intimidade dos nossos tecidos, o nosso sistema de defesa aciona os elementos protetores, que são informados que estão sendo atacados. Os órgãos defensivos que estão situados em locais estratégicos - como as amígdalas palatinas, a apêndice cecal, o baço etc – acionam o nosso sistema imunológico, que manda um verdadeiro exército de defesa (células como os fagócitos e linfócitos) pelas vias sanguíneas e linfática até o local do ataque. Nesse local se trava uma batalha e essas células englobam os agressores destruindo-os. Quando a quantidade de invasores é muito grande, recorre-se a medicina terapêutica para ajudar o sistema defensivo. Se impõe a medicação após feito o diagnóstico. A nossa muralha imunológica precisa sempre estar em ordem e pronta para ser usada porque há ocasiões em que a agressão é grande em número e potência, e nossa muralha pode perder a batalha como aconteceu com o muro de Berlim. Perde-se a batalha, mas não a guerra porque a medicina bem orientada, preventiva e curativa está na vanguarda do tratamento, não deixando que se arruíne o nosso corpo. Confiemos em Deus e na ciência de Hipócrates.
Dr. Sidney Barros
10/09/2012