A mulher
1920 - A mulher dessa época é moderna e na maioria das vezes causa espanto com suas atitudes consideradas avançadas para seu tempo. Há uma quebra da hierarquia do público-privado, e a mulher começa a ser vista passeando sozinha pelas ruas dos grandes centros. O correto seria o homem sair para o espaço público enquanto a mulher dedica-se somente às tarefas domésticas. Com a mulher tornando-se “moderna”, essa hierarquia “correta” é invertida. As mulheres ganham o espaço público, vão sozinhas às ruas, fazem compras sem acompanhante algum. Essa inversão gera um questionamento, e muitos homens da época desejam que a mulher retorne ao lar e continue com as tarefas antes estabelecidas. Há, também, um receio que as senhoras ocupem o lugar dos homens na sociedade, e a igualdade dos sexos passa a ser discutida como nunca antes havia sido.
1940 - Por volta da década de 40, o feminismo dá seus primeiros passos, e com isso começa a pensar na possibilidade de um futuro diferente daquele que lhe reservaram culturalmente e historicamente. As mulheres já vinham em um processo, lento e gradual de conquistas sociais, econômicas e jurídicas, mas é a partir de então que se intensificam as discussões e lutas pela superação da situação das mulheres.
1960 - O início da década de 1960 mantinha padrões estabelecidos nas décadas passadas. A “boa mulher” era a boa esposa, a boa dona-de-casa. Havia a submissão ao casamento, a extrema preocupação com a “reputação” – o tabu da virgindade dividia as moças entre as “de família” e as “de fora”. A sensibilidade era a principal característica feminina.
1980 - No Brasil, surgia no país uma consciência mais ampla sobre a discriminação das mulheres. Houve um aumento do número de organizações de mulheres vinculadas ao movimento popular. Em todos os cantos, surgiram organizações de mulheres que se identificam como mulheres e que buscam ampliar os horizontes de sua participação