A mulher e o mercado de trabalho no brasil
Os indicadores de desemprego no período estudado na região de São Paulo dizem que o aumento do desemprego se deu em razão da menor capacidade do mercado de trabalho da Grande São Paulo para gerar postos em quantidades suficientes e no ritmo necessário para incorporar toda a população disponível para trabalhar. As mulheres apresentaram taxas de desemprego bastante superiores às registradas nas mesmas faixas etárias para os homens, exceto para os segmentos considerados não reprodutivos (menores de 15 anos ou com 40 e mais anos) em que são bastante similares às registradas para os homens das mesmas idades. Este último dado indica que há discriminação de gênero e ela está associada à gestação e à criação de filhos, responsabilidade que na nossa sociedade é quase que exclusiva das mulheres. Há ainda outros dados que indicam claramente a desigualdade da mulher no mercado de trabalho em São Paulo. Em relação às condições de trabalho, verificou-se que o padrão de ocupação das mulheres no mercado de trabalho regional é muito mais frágil que o observado para o tipo de contratação do trabalhador do sexo masculino. Quanto à função exercida em 1996, a proporção de mulheres que desempenham funções não qualificadas na execução é mais que o dobro da observada entre os homens. Quanto ao rendimento médio das mulheres no mesmo ano, correspondia a 60% do obtido pelos homens. A pesquisa constatou que as diferenças de rendimentos entre homens e mulheres existem em todos os setores da atividade econômica, inclusive por posição na ocupação e em grupos de ocupações semelhantes.
A posição da mulher no mercado de trabalho não é muito diferente em outras regiões do Brasil. Para exemplificar, há um estudo sobre o Comércio de Santa Catarina que trata da questão da desigualdade de gênero na perspectiva da reestruturação tecnológica do comércio local e da evolução do emprego na região. A conclusão foi de que está havendo um processo de