A mulher que trabalha por dois
Muito se tem escrito sobre liderança, motivação, delegação e gestão do tempo para executivos. E é possível perceber que quase todos os textos são escritos por e para os homens, que ao chegarem em casa descansam e pensam consigo mesmo: dever cumprido por hoje!
Será que as mesmas soluções sobre tempo se aplicam às mulheres executivas ou, de uma maneira geral, àquelas que trabalham durante o dia, e quando chegam em casa iniciam outra jornada como mães, mulheres e donas de casa?
Nos dias de hoje se espera das mulheres um desempenho semelhante ao dos homens nos ambientes de trabalho. Talvez até um pouco mais, como se isso fosse necessário para provar que elas são capazes de trabalhar tão bem quanto eles. Tudo que se espera da gestão do tempo de parte de executivos e profissionais no trabalho é válido para ambos os sexos.
O problema é que ao chegarem em casa, passa a haver uma distinção entre ambos. Não é que muitos homens hoje em dia não ajudem em casa, mas admitamos: não é regra geral.
A imagem clássica da chegada do homem em casa, desde os tempos de nossos avós e pais, mostra o homem sendo recebido pela mulher com um par de chinelos, indo tomar seu banho e jantando logo a seguir. A mulher tinha ficado em casa cuidando para que tudo desse certo nessa hora.
Mas isso mudou, e muito. Não é raro encontrar mulheres que saem de casa antes e retornam depois dos maridos, têm responsabilidades maiores no trabalho, são mais qualificadas e até ganham muito mais que eles.
Os reflexos disso no trabalho são inevitáveis, mas algumas dicas podem ajudar nessa delicada tarefa:
é preciso que as mulheres admitam que vão ter que lidar com problemas domésticos mesmo estando longe de casa, como o filho que se machuca ou não quer comer, as lições do colégio e o atraso do motorista levando as crianças para o ballet e o judô
os homens também devem aprender a conviver com as mesmas, pois os minutos que elas gastam com a casa as deixam tranqüilas e as