A mulher na sociedade - do anonimato a glória
Se traçarmos um panorama histórico, ainda que rápido constataremos que a sujeição da mulher em relação ao homem vem desde a antiguidade, assim como a luta para serem reconhecidas e terem seus diretos respeitados como seres humanos, não obstante a existência de mulheres que se destacaram, naquelas épocas remotas, em diferentes setores da atividade social. Se retornarmos a Pré-História verá que o papel representado pela mulher era tão importante quanto o do homem, já que cabia a ela a tarefa da coleta de alimentos. No Brasil, logo após Portugal ter tomado posse destas terras, a mulher européia que pra cá veio, teve uma liberdade invejável, frente à opressão que vivia as mulheres na Europa. Isto porque estavam em números bastante reduzidos e, portanto valorizado. As mulheres da classe mais baixa, ou seja, aquelas que não estavam destinadas a se casarem com homens com algum tipo de posse ou riqueza, aquelas que tinham que trabalhar para viverem, podiam ir e vir à hora que bem entendessem, poderia escolher seus parceiros, o pai de seus filhos, se queriam ou não continuar vivendo com quem estavam. Não havia ainda a presença da Igreja; portanto a sociedade era bastante flexível. As mulheres nesse período criavam seus filhos, os filhos trazidos pelo companheiro, os filhos dos vizinhos quando esses perdiam sua mãe. Nossa sociedade estava engatinhando, os homens que para cá vieram estavam em busca de um enriquecimento rápido. Eram verdadeiros andarilhos e, em cada local por onde andavam, deixavam a mulher que os havia recebido de braços abertos e que sabia que, mais dia ou menos dia, seria abandonada. Quando Portugal decidiu colonizar definitivamente o Brasil, trouxe a Igreja para organizar e regrar a sociedade e, para a mulher foi imposta uma nova conduta para que fosse aceita na sociedade que surgia. Sob a organização do Antigo Sistema Colonial, a vida feminina estava restrita “ao bom desempenho do governo doméstico e na assistência