a mulher do século XIX
Desde menina era ensinada a ser mãe e esposa, sua educação limitava-se a aprender a cozinhar, bordar, costurar, tarefas estritamente domésticas. Carregava o estigma da fragilidade, da pouca inteligência, entre outros que fundamentava a lógica patriarcal de mantê-la afastada dos espaços públicos. A negação de outros espaços além da casa/quintal as afastava também da educação formal, não sendo permitido o acesso à escola.
A história da civilização das mulheres passa também pelos ideais iluministas e progressistas presentes no século XIX. A presença da mulher na esfera pública passa ser vista como um avanço na perspectiva de progresso e melhoria da sociedade, a partir do paradigma da evolução. Deste modo, a educação e religião protestante caminham juntas no propósito modernizador da sociedade brasileira postulado por líderes republicanos na época. A história da educação se entrelaça com a história das mulheres no Brasil, quando estas encontram no espaço educacional ressonância para os seus desejos de liberdade e emancipação, ainda que esta venha com aspectos de conformação com o poder instituído.
A relação entre resistência e conformação, pode ser vistas como estratégias de participação da mulher na rede de relações sociais, que embora conflituosa, baseia-se em tensões entre o estabelecido e o outsider, num movimento quase cego, invisível que só pode ser visto à medida que o tempo de longa duração vai passando e delineando a história da civilidade destas mulheres.
O projeto civilizador engendrado por Martha Watts, com suas conquistas e