A Mudança no Cenário Arquitetônico da Cidade de São Paulo - Avenida Paulista
As construções em altura, desde as mais antigas civilizações até os dias de hoje, foram definidoras na constituição das cidades. Ao redor delas povos se uniram e passaram a viver em comunidade, como no caso de templos e castelos. A construção em altura indica, além da sagacidade do homem em buscar novas técnicas para a construção vertical, sua vontade em alcançar os céus e em construir algo que o represente. Hoje a torre já faz parte do universo das cidades, como solução para seu crescimento e ocupação. Se antes a sua relação com a cidade era mais simbólica, no mundo contemporâneo ela passou a fazer parte do cotidiano, nas atividades e relações pessoais, como uma continuação da dinâmica das cidades. Analisar a relação entre a torre e o espaço urbano e sua autonomia enquanto construção arquitetônica é o objetivo deste presente estudo, pautando-se pelas mudanças de paradigma que a arquitetura passou nas últimas décadas. Para tal estudo, apoiamos a abordagem em cidade de São Paulo, relacionando o seu crescimento e a mudança do seu centro de negócios com a arquitetura construída na Avenida Paulista. Utilizamos como recorte a Avenida Paulista sob a luz da arquitetura moderna acompanhando a exploração da sua tectônica através da linguagem da arquitetura mais internacionalizada.
Palavras-chave: Primórdios da arquitetura; Arquitetura moderna; Espaço urbano; Verticalização.
INTRODUÇÃO
Embora possa ser considerada jovem ao compararmos os seus 122 anos com os 459 de São Paulo, a Avenida Paulista merece o título de símbolo da cidade. Afinal, ela encerra muitas histórias e curiosidades, além de ser o endereço de edifícios que traduzem a força econômica e cultural da metrópole, como a Galeria Estadual Casa das Rosas, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a sede da Federação das Indústrias do