A morte
1.1 A morte como enigma A morte é o destino de todo ser vivo. O Homem, por ser racional, é o único a ter consciência da própria morte. Isso gera uma angústia que tem levado à crença da imortalidade e na aceitação do sobrenatural. A crença na imortalidade simboliza a recusa da sua própria destruição e o anseio de eternidade, por isso que desde o princípio dos tempos existem rituais de culto aos mortos, que trata-se de uma fronteira para um novo mundo – o mundo dos mortos. Todos temos medo do que é novo, do que está por vir. A fé religiosa ameniza o medo do desconhecido e a crença de uma vida após a morte.
1.2 As mortes simbólicas O nascimento é um tipo de morte, pois rompendo o cordão umbilical o feto está deixando seu local de conforto e está indo para uma nova realidade. Por exemplo, quando uma mãe perde um filho, perde também uma parte de si. E assim vivemos pequenas mortes. Os heróis, os revolucionários e as pessoas de fé são capazes de criar o novo a partir da superação.
2. A Filosofia e a morte 2.1 No decorrer da história da filosofia, muitas vezes os pensadores tratam explicitamente os temas da morte e da imortalidade da alma, embora essa questão esteja sempre na raiz de toda a filosofia e se situe no horizonte de toda reflexão filosófica. Morrer não se trata de estar sempre pensando na morte de maneira mórbida, mas sim diante da sua inevitabilidade, possamos aceita-la com serenidade. Revendo os valores e a maneira pela qual vivemos. Há pessoas que só reavaliam sua maneira de viver em situações limite, como doenças graves, sequestros, acidentes. Outros preferem não pensar na morte porque acreditam que nada existe depois dela. A morte é a fronteira que representa apenas o fim da vida, mas o liminar de outra realidade. Ela também nos leva à crença no sobrenatural, no sagrado, na vida depois da morte.
2.2 Segundo Jean Paul Sartre: A morte é mera faticidade! Sartre: A morte é uma certeza que nada nos espera, retira todos os