A morte na mitologia grega
1 A morte na mitologia grega
1.1 As Queres
Na mitologia grega estão presentes duas personificações da morte: Thanatos e as Queres, estas são monstros alados, com vestes negras, com unhas longas e aduncas, que despedaçavam cadáveres e bebiam o sangue dos mortos e feridos, apareciam normalmente em campos de batalha. Na história de Illíada essas criaturas aparecem ‘’destinadas’’ a cada ser humano, ou seja, cada pessoa possuía sua própria Queres, que personificava não só o estilo de morte que viria à pessoa, mas também o estilo de vida que a cada um é predeterminado. Aquiles ‘’pôde’’ escolher entre duas Queres, uma lhe proporcionaria na pátria uma vida longa e tranquila, mas inglória, outra a que ele escolheu, lhe daria um renome imperecível, mas cujo preço era a morte prematura. Hesíodo na Teogonia, ora fala de uma Quere, irmã de Tânatos e de Moro, ora de várias Queres, irmãs das Moiras, isso pode ser explicado pelo caráter popular e vago da concepção de Quere, que tanto se apresenta como divindade única, quanto um poder imanente ao indivíduo. É assim em Illíada, uma Quere é atribuída aos aqueus, outra aos troianos. O que se pode concluir é que a noção de Quere podia ter um valor coletivo. Platão considerava-as gênios malévolos, semelhantes às Harpias, que poluem tudo aquilo que tocam. Por fim, a tradição popular acabou por identificá-las coma as almas maléficas dos mortos, que se devem apaziguar com determinados sacrifícios.
1.2 Thanatos
Thanatos era tido como o deus da morte, filho de Nix a deusa da noite, ele era muito associado a um de seus irmãos, Hipnos: o deus do sono. Era caracterizado como uma pessoa com cabelos e asas prateados e teria o coração e as entranhas de bronze.
Ele se faz presente na mitologia em uma história que conta sobre Sísifo, o rei de Corinto que tal como seu ilustre antepassado Prometeu, que roubou o fogo divino e deu aos homens, se meteu nos assuntos divinos. Um dia estava em meio a um