a morte de um líder bolivariano
No dia 5 de março de 2013, faleceu Hugo Chávez Frias, ex-presidente da Venezuela, fundador do “socialismo do século XXI”, grande crítico do neoliberalismo e da política externa dos Estados Unidos da América.
Em 1999, aos 44 anos tornou-se o presidente mais jovem da Venezuela e inicia a chamada “Revolução Bolivariana” - movimento esquerdista inspirado nos ideais de Bolivar. Utilizou pela primeira vez em larga escala as receitas da exportação de petróleo para diminuir as desigualdades sociais de seu país. Ele montou programas de renda mínima, de qualificação profissional, investindo na educação pública , na erradicação das favelas, na reforma agrária e na valorização cultural indígena e negra, deu voz aos excluídos e ousadamente colocou o Estado para funcionar em prol do povo.
A grande maioria da população venezuelana admirava e acreditava em Chávez, entretanto, colecionou desafetos na política internacional, em destaque com os EUA. Um grande exemplo foi o episódio acontecido em 2006, em uma Assembleia Geral da ONU quando disse que o até então presidente dos EUA, George W. Bush , era o diabo em pessoa e cheirava a enxofre. Em 2008 expulsou o embaixador americano de seu país.
Recentemente nas últimas eleições, Hugo Chávez derrotou nas urnas Henrique Capriles – único que realmente ameaçou derrota-lo- e foi reeleito. Teria seu mandato estendido até 2019. Ele deixa um país dividido, um clima político acirrado e uma incerteza: poderá existir Chavismo sem Chávez ? A única certeza é de que o povo venezuelano jamais esquecerá o seu grande líder, que eternizou seu nome na história de seu país como o grande socialista do século