A mortalha de alzira
Primeira Parte
I
Retratando a realidade de Paris, onde as figuras principais se iniciam com o rei Luís XV e seus amigos da corte, que esperavam, apesar de nenhum possuir moral ilibada a missa de quinta-feira santa que costumeiramente era celebrada pelo padre La Rose, este já estava acostumado com toda a “sujeira” existente na vida palaciana da corte. O problema inicia-se com a suposta doença do padre que se recusa a rezar a missa solene, e a partir daí começam a procurar um substituto, onde ninguém queria se submeter a tal façanha, ou seja, substituir a “sumidade”. Como ninguém se havia proposto, estava difícil achar tal substituto, desde que então aparece o Frei Ozéas, trazendo a solução para o problema. Ele foi até o convento São Francisco, onde havia enclausurado um seminarista de nome Ângelo, moço de vinte anos aproximadamente, que nunca havia saído do mosteiro, e o Frei veio ao seu encontro para que ele pudesse resolver o problema: rezar a missa no palácio. O moço atendeu prontamente, apesar do medo, pois nunca tinha saído de lá, mais com o tinha verdadeira admiração pelo Frei Ozéas, o qual chamava de pai, foi. II
O Frei Ozéas, era um discípulo de Jesus, mas que se corrompera desde a tenra idade, que entrou para a vida religiosa, às prostituições, libertinagens, vícios, como era o costume da sociedade francesa da época. Frei Ozéas tinha nessa época vinte e cinco anos. Mas quando Ozéas chegou aos quarenta e cinco a cinqüenta anos, começou a cair em si, e pela primeira vez pensou na perdição da sua alma, tão comprometida; e, ou fosse que os requintados prazeres lhe desfibrassem as energias da carne, ou fosse que uma grande e miraculosa transformação moral se operasse com efeito em todo o seu ser, o fato é que ele, fulminado de súbito pela consciência dos seus pecados sem remissão, desabou em fundo arrependimento e protestou nunca mais, nunca mais cometer a menor ação que de longe pudesse envergonhar a sua