A morfologia
É importante para nós que um estudo gramatical tenha uma relevância lingüística e, por isso, resolvemos fazer um trabalho que mostre o atual conteúdo de morfologia estudado nas escolas e uma alternativa de conteúdo mais racional, embasado em princípios científicos.
Inicialmente, proporemos um conceito de morfologia, passando à diferença entre vocábulo e palavra, uma vez que tais termos são usados indistintamente pelos gramáticos, chegando, enfim, ao problema crucial: o que são classes e o que são funções dos vocábulos?
O objetivo deste trabalho é aprofundar teorias científicas que justifiquem uma alteração significativa no conteúdo ministrado, hoje, no estudo morfológico, tornando o ensino gramatical mais racional e científico.
É também objetivo do trabalho fazer um estudo critico sobre a validade do atual estudo de morfologia em nossas escolas hoje, como também a necessidade de se produzir um manual que oriente docentes e discentes no estudo morfológico.
Entre as hipóteses levantadas, acreditamos ser a de maior relevância a diferenciação entre o que seja classe gramatical e o que seja função gramatical. As gramáticas atuais dividem os vocábulos atuais em dez classes gramaticais, enquanto tentaremos justificar a existência de apenas três classes gramaticais e outras três funções.
Outra hipótese é a falta de base científica nos estudos gramaticais de nossas escolas. Os estudos gramaticais são prescritivos e não conseguem dar respostas a questionamentos simples, como, por exemplo, por que classificamos o vocábulo menino como substantivo quando ele pode funcionar como adjetivo?
Para fazer este estudo, tomamos como referência maior a teoria do professor José Lemos Monteiro, em seu livro "Morfologia Portuguesa", e os estudos do professor